Termos técnicos sobre aeromodelos - uma ajuda para quem esta começando

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Logo que entrei para a turma dos que tomam coragem em começar em aeromodelismo, a primeira coisa que se pensa é que será muito difícil entender alguma coisa, são muitos termos técnicos ditos a todo momento, cada nome mais "cabeludo" do que o outro, alguns soam até como xingamentos aos ouvidos de leigos no assunto. Então, pesquisando sobre o assunto achei no site e-voo.com um verdadeiro dicionário. Tomei a liberdade de adaptar alguns trechos e inserir imagens, que fazem toda a diferença para um bom aprendizado.

Clique no termo que deseja saber detalhes:

Aeroplast

O aeroplast é um plástico que serve para a fuselagem e em especial a asa do aeromodelo. O "Aeroplast" é uma marca nacional. O importado chama-se "Monokote". O importado é superior (enruga menos) que o nacional, porém é mais caro. O Aeroplast adere ao aeromodelo com o calor. Para a sua aplicação utiliza-se um "ferrinho de passar" especial vendido nas lojas e um soprador. Na falta de um ou de outro, podem ser utilizados o ferro de passar roupa e o secador de cabelos.

Aileron

É uma peça móvel do aeromodelo. Fica presa ao bordo de fuga da asa por dobradiças. Tem por finalidade fazer o aeromodelo girar para a esquerda ou para a direita (em relação ao eixo horizontal da fuselagem). Mais próximo da fuselagem, na asa, vão os flaps (quando existem no aeromodelo) e mais distantes vão os ailerons. Quando um aileron baixa em uma das asas, o outro, na outra asa, sobe.

Alargador de hélice

O furo da hélice é normalmente menor que o eixo do motor onde ela é colocada. O alargador de hélice é um acessório que tem por fim aumentar o tamanho desse furo.

Asa alta

Aeromodelo do tipo asa alta é aquele em que a asa fica acima da fuselagem. Para os iniciantes recomenda-se aeromodelos do tipo asa alta. Quem nunca pilotou ou deseja aprender a pilotar ou fabricar seu primeiro aeromodelo a melhor escolha é começar por uma "Asa Zagi".

Asa assimétrica

A asa é assimétrica quando o perfil da parte superior da asa é diferente do perfil da parte inferior. Asas desse tipo são asas mais arredondadas em cima e mais retas na parte de baixo. Essa assimetria confere mais sustentação a asa sendo recomendada para aeromodelos mais lentos.

Asa simétrica

Na asa simétrica o perfil da parte superior é igual ao perfil da parte inferior. A simetria é utilizada por aviões e aeromodelos de alta velocidade.

Balancin

O balancin é uma peça presa por um eixo central à fuselagem e na qual se prendem os dois cabos utilizados nos aeromodelos feitos para o vôo circular.

Barriga

É a parte inferior do aeromodelo, seu assoalho.

Bateria

O aeromodelismo envolve algumas baterias. Existe a bateria do receptor, do transmissor e a do ni start. Além dessas, muitos usam uma bateria de 12 volts na caixa de campo. Não é essas baterias grandes e pesadas de carro. É uma bateria pequena, recarregável, que, selada, pesa em torno de 4kg, ou seja, a água/ácido interno não vaza (componente totalmente lacrado). Baterias não-seladas (de moto, por exemplo) são desaconselháveis na caixa de campo porque estão constantemente transbordando o ácido corrosivo. Essa bateria na caixa de campo se presta a alimentar o painel de controle, a alimentar o starter e a bomba elétrica. Não é um acessório indispensável, o starter pode ser ligado na bateria do carro (inclusive o starter pode ser dispensado), a bomba pode ser manual e o painel de controle não é um acessório indispensável.

Bateria do receptor

A bateria do receptor, como o nome diz, é a que alimenta o receptor. Tanto ela como o receptor ficam dentro da fuselagem do aeromodelo, normalmente, junto ao tanque de combustível (embaixo ou em cima). Deve estar bem presa, pois pode alterar o CG e a todo o momento pode acabar se desconectando do receptor, o que implicará na perda do controle do aeromodelo. É interessante também que fique envolvida por espuma para assim evitar que sofra vibrações. Esse tipo de bateria é recarregável.

Bateria do transmissor

Localiza-se dentro do transmissor ou rádio-controle. Pode ser vista retirando uma tampa atrás do transmissor. Assim como a bateria do receptor é recarregável. Para carregá-la utiliza-se um carregador (que acompanha o rádio) ligado à tomada o qual carrega ao mesmo tempo a bateria do receptor. A carga, partindo do vermelho (quando o mostrador da carga está no vermelho) deve ser dada por 15 horas. Para carregar, as duas baterias devem estar descarregadas. Para descarregar basta deixar o rádio ligado (transmissor e receptor) até que o mostrador do transmissor entre na faixa vermelha). Nunca se deve deixar a carga se perder completamente pois que isso pode ocasionar inversão da polaridade. A carga deve ser sempre (ou quase sempre) completa em função do chamado efeito memória, ou seja, se o rádio for sempre carregado a partir de meia carga (e não da faixa vermelha) ela termina por acostumar-se a trabalhar apenas dentro daquela meia carga, reduzindo assim o tempo de utilidade da bateria.

Bateria ni start

Serve para dar a partida no "motor à vela". Para isso, utiliza-se da bateria "ni start", ou bateria de ignição. Não confunda o ni start com o "starter" que é um aparelho ligado a uma bateria de 12 volts que tem por finalidade fazer girar a hélice. A bateria ni start é constituída por uma pequena bateria recarregável a qual vai fixada uma haste que se prende na vela do motor. Depois que o motor pega (girando-se a hélice) retira-se o ni start. A partir daí são as explosões do motor no interior do cilindro que manterão a vela incandescente.

Bequilha

O aeromodelo possui três rodas. Duas vão no trem de pouso propriamente dito que se localiza próximo ao centro de gravidade, existe uma roda que fica na "bequilha". A bequilha pode ser dianteira ou traseira (convencional). A bequilha dianteira é uma haste na qual há uma roda e uma pequena alavanca. Essa alavanca se prende a um arame (pushroad) engatado no mesmo servo que comanda o leme. Assim, quando esse servo movimentar o leme para a esquerda, movimentará também a roda dianteira para a esquerda. Dessa maneira, a curva feita taxiando (no solo) é realizada com a roda e com o auxílio do leme que recebe o vento da hélice. Na bequilha traseira o dispositivo é mais simples. A bequilha (um arame flexível) é presa a fuselagem e sua parte superior é introduzida dentro do leme. Assim, o movimento do leme move também a roda.

Bordo de ataque

O bordo de ataque é uma vareta de balsa que vai na frente da asa. Ele, na parte que não encosta na asa, é arredondado. Lojas de modelismo costumas vender bordos de ataque em diferentes comprimentos e espessuras. Na falta de um pronto, basta pegar uma chapa de balsa, retirar dela uma vareta com o auxílio de régua e estilete, e lixar arredondado um dos lados da vareta. Fica mais fácil lixar depois que a vareta (bordo de ataque) estiver colado à asa. Para lixar com perfeição a dica é colar a lixa em uma mesa bem plana.

Bordo de fuga

Muitos confunde-no com o aileron. O bordo de fuga é uma chapa fixada na parte traseira da asa (local de fuga do ar). O aileron é uma outra peça que vai presa ao bordo de fuga por dobradiças.

Bomba de combustível

A bomba de combustível serve para jogar o combustível de dentro do galão de 2 litros que fica na caixa de campo" para o tanque do aeromodelo. O combustível ingressa no tanque através da mangueira que leva combustível ao carburador (para isso desprende-se a mangueira do carburador). É interessante que se coloque um filtro na mangueira alimentadora da bomba de combustível. A bomba pode ser elétrica ou manual. Para o 1º caso ela necessitará de uma bateria 12 volts.

Cabo trainer (Trainer cord)

É o cabo que liga o transmissor do aluno ao transmissor do instrutor. No transmissor do instrutor há um botão que ao ser mantido pressionado o comando do aeromodelo estará com o transmissor do aluno. Quando o instrutor solta esse botão, o comando, imediatamente, passa para seu próprio transmissor. O transmissor do instrutor é o único que permanece ligado (o do aluno deve ser desligado). É o "cristal" do transmissor do instrutor que se relaciona com o cristal do receptor, mesmo quando o comando é passado para o transmissor do aluno. Quando se engata os dois transmissores no cabo trainer a primeira coisa que se deve fazer é conferir se alguns dos comandos do transmissor do aluno não estão invertidos (exemplo: no transmissor do aluno é dado leme para a direita e no aeromodelo o leme vai para a esquerda). Quando isso acontece é necessário inverter o comando no transmissor do aluno. Para isso há um dispositivo próprio no transmissor. Uma vez chegada a direção dos comandos é interessante, ainda, que se faça uma pré-trimagem no transmissor do aluno (a trimagem definitiva deverá ser feita em vôo). O transmissor do aluno está pré-trimado quando ao se passar o controle do transmissor do instrutor para o transmissor do aluno os comandos no aeromodelo não fazem nenhum movimento. Sendo mais claro: se ao passar o comando do transmissor do instrutor para o transmissor do aluno através do botão apropriado o leme do aeromodelo se mover para a direita deve-se trimar o leme para a esquerda no transmissor do aluno. Quando na passagem do comando de um transmissor para o outro não houver nenhum movimento é porque o transmissor do aluno está pré-trimado (claro, partindo do pressuposto que já havia sido feita a pré-trimagem no transmissor do instrutor).

Pré-trimagem

No transmissor do instrutor é em poucas palavras colocar os trimers onde se calcula (com certeza só se saberá em vôo) que nessa posição o aeromodelo voará reto e paralelo ao solo quando nenhum stick estiver sendo tocado. (Se você conseguir explicar melhor este item por favor deixe um comentário)

Cabrar

Para cabrar puxa-se o stick da direita do transmissor em direção ao próprio corpo. Esse comando, levantando o profundor, faz o aeromodelo subir. O comando contrário, para fazer o aeromodelo descer, é o picar.

Caixa de campo

A caixa de campo é onde se leva o material de aeromodelismo para o campo. É conveniente que possua espaço para colocar o transmissor e um botijão de combustível. Recomenda-se que seja construída de madeira não muito grossa (6 mm é o máximo) pois que já basta o peso do material que vai dentro dela.

Catalisador

Também chamado de mek é um líquido utilizado para ser misturado na resina para fazê-la endurecer.

Caverna

A estruturas internas da fuselagem que lhe dão sustentação são chamadas de cavernas.

CG

É o "Centro de Gravidade" do aeromodelo. Segurando-se o aeromodelo (com o tanque vazio) pelas pontas das asas o CG ideal fica no ponto correspondentea 1/4 da asa a contar do bordo de ataque, ou seja, onde a asa possui maior expessura. Para corrigir o CG muda-se a posição da bateria do receptor(para frente ou mais para trás no interior da fuselagem). Se isso não for suficiente, poderão ser alteradas as posições dos servos, do receptor e do tanque de combustível. Se isso também não trazer o CG para o local certo, a solução é a utilização de pequenos contrapesos.

Chave liga-desliga

Essa chave vai presa a fuselagem. Serve para ligar e desligar a bateria do receptor. Deve ser instalada na fuselagem de forma a que não seja necessário tirar fora a asa toda vez que quiser acionar a chave.

Cola bonder

Costuma-se chamar de cola bonder as colas a base de cianocrilato. É uma cola leve e rápida. Recomendada para ter no campo para fazer colagens rápidas. Se presta também para colar as estruturas dos estabilizadores (quando esses são estruturais). Como é uma cola muito dura, com pouca flexibilidade, não é recomendada para partes do aeromodelo que se sujeitam a maiores esforços, tais como dobradiças, cavernas, porta de fogo, etc. A bonder existe a de baixa, média e alta viscosidade. Quanto maior a viscosidade, mais rápida, e por conseqüência mais dura e mais fraca. Existe um produto chamado debonder que descola completamente essa cola. Deve-se se ter cuidado com os olhos ao manusear essa cola.

Cola epóxi

São as colas produzidas a base de epóxi. A araldite, por exemplo, é uma. Elas vêm em duas partes e são misturadas na proporção 1/1. As importadas são normalmente mais baratas. Existem aquelas que funcionam em 3 minutos até as que só soldam em três horas. Quanto mais tempo a cura mais resistente a cola. É a cola das colas no aeromodelismo. É essencial possuí-la para reparos. No campo e em casa.

Comando do aileron

Os comandos de ailerons são cabos de aço responsáveis por transmitir o movimento do servo aos ailerons. Uma da pontas é fixada dentro do aileron e na outra vai um strip, ao qual vai preso um link que por sua vez se prende a um puhsroad (outro cabo de aço) o qual através de um retentor de servo ou link se prende ao servo. Esse conjunto todo, inclusive o servo, se situa na parte central da asa. Veja a seqüência: servo - retentor de servo - pushroad - strip - comando do aileron - aileron

Cruzeta do servo

Os servos possuem pequenas alavancas responsáveis pelo aumento da amplitude do movimento giratório. Essas alavancas de material plástico são as cruzetas.

Deriva

Vulgarmente chamada de leme é o estabilizador vertical do aeromodelo aonde se prende o leme.

Dremel

É uma marca. Possui diversas ferramentas. A mais utilizada em aeromodelismo é a mini-retífica, chamada normalmente de dremel apenas. Ela possui dezenas de acessórios, puas, escariadores, lixas, lâminas de corte, etc. Ferramenta de grande utilidade para construtores. A assistência técnica da Dremel no Brasil é muito boa e está a cargo da Bosch.

Dorso

É a parte superior do aeromodelos, as "costas". Voar de dorso é voar com o aeromodelo de cabeça para baixo. O vôo de dorso fica mais fácil com aeromodelos de asa simétrica. Nos aeromodelos com asa assimétrica, o stoll em dorso ocorre a uma velocidade superior daquela na posição normal.

Ducted fan

É um sistema de várias hélices de pequeno comprimento localizadas no interior da fuselagem. É com o ducted fan que os aeromodelos imitam os jatos. O ducted fan vem equipado com um motor especial para tal fim. Hoje já se fabricam turbinas para aeromodelos e, em razão disso, talvez o ducted fan esteja com os dias contados. Claro que isso depende das turbinas baixarem de preço, afinal, ainda são muito caras.

Enya

É uma excelente marca de motores. É motor para deixar para os netos, dura um monte. É a marca preferida de motores dos aeromodelistas mais experientes. Dominava o mercado na década de 70 e início de 80. Atualmente, não se sabe porque, nenhum importador está representando essa marca no Brasil, o que torna não recomendável sua compra, face a dificuldade da reposição de peças.

Estabilizador horizontal

Também chamado apenas de estabilizador. Nele vai preso com dobradiças o profundor. Nos aeromodelos de asa simétrica, o ângulo do estabilizador em relação a asa é zero. Nos de asa assimétrica recomenda-se 1 grau positivo para compensar a tendência que tem a asa assimétrica de levantar o nariz quando o motor é acelerado. Com 1 ou 2 graus positivos em relação a asa o estabilizador baixa um pouco o nariz compensando a tendência da asa de levantá-lo. Aeromodelos que necessitam de uma trimagem picada no estabilizador estão com problemas no ângulo do estabilizador. É também o estabilizador que irá determinar a posição do motor. O motor deve ficar (para compensar o efeito torque) à 1 grau para baixo e para a direita em relação ao estabilizador.

Estilete

É a ferramenta número 1 do construtor. É uma ferramenta de corte, barata e vendida em qualquer ferragem. As lâminas podem ser compradas em separado. Possui diversas utilidades. Corte de balsa, de onokote, etc.

Extensão de aileron

Do servoque fica na asa (servo que comanda os ailerons) sai um fio que deve entrar na tomada do receptor. Como esses fios dos servos são muito curtos, se utiliza de uma extensão (mais um pedaço de fio). É a extensão do aileron.

Ferro de monokote

É um ferro de passar roupa em miniatura. Se presta para esquentar o monokote quando o aeromodelo é entelado (o calor faz o monokote esticar).

Filtro

O filtro de combustível é utilizado na mangueira que sai da bomba para abastecer o tanque. Recomenda-se, também, sua utilização na mangueira que leva combustível do tanque ao carburador.

Flap

Os aeromodelos guiados por rádio 4 canais não possuem flaps. Possuem apenas ailerons. Os flaps são "ailerons" situados na asa bem junto a fuselagem. Quando são acionados eles baixam (os dois flaps - a contrário dos ailerons que acionados vai um para cima e outro para baixo). Tem por fim provocar maior sustentação e arrasto freiando o aeromodelo e tornando assim mais lenta a velocidade para a aterrissagem.

Fuselagem

É o corpo do avião. Onde vai o piloto e onde se prendem as asas.

Futaba

É uma marca japonesa de rádio. Mundialmente conhecida. Um excelente rádio e com peças disponíveis no mercado brasileiro. É representada no Brasil pela Aeromodelli, uma importadora e distribuidora dirigida pelo empresário Roberto Shumbatta.

Hélice

As hélices são de madeira ou de plástico. Boas marcas de hélices de plásticos são as importadas Master e a APC. Essas hélices vem normalmente balanceadas de fábrica. Mas é sempre bom checar com o balanceador de hélice. Hélices desbalanceadas desgastam as buchas e rolamento, além de darem menos rotação final. Há as hélices de passo invertido, utilizadas na traseira da fuselagem. Elas mandam o ar para a frente do motor. Ao se instalar a hélice no motor o parafuso que prende a hélice deve ser bem apertado pois que se ficar meio frouxo, a hélice, com o motor ligado, poderá se soltar saindo em grande velocidade para a frente e podendo causar acidentes. Nunca dar a partida com o dedo. Na falta de starter utiliza-se um pedaço de madeira.

Horn

O horn é uma pequena alavanca que vai presa no "profundor" e no leme e que recebe em um de seus furos o link do "pushroad".

JR

JR é a marca de um rádio japonês. É um excelente rádio. Está sendo importado e distribuído no Brasil pela DBM.

Kit

Chama-se kit o conjunto de peças (normalmente vem em uma caixa) necessária para a montagem de um modelo.

Lancer vac

O lancer vac é uma manobra acrobática que se faz com o avião. É uma manobra muito bonita quando bem feita. No lancer vac o aeromodelo vem subindo acelerado e de repente começa a capotar girando sobre seu eixo.

Leme

Além de se prestar para fazer uma curva mais elegante em vôo, o leme tem utilidade: para decolar, para aterrisar e para acrobacias. A corrida para pegar velocidade na decolagem é feita com o acelerador e com pequenas correções de rumo feitas com o leme.

Link

Link são pequenas peças, normalmente de nylon, com jeito de boca de jacaré, colocados nos cabos "pushroad" com o fim de ligá-los aos "strips" e "horns". O link vai preso em uma rosca do "pushroad" e por isso, girando, ele dá mais ou menos comprimento ao "pushroad", regulando, dessa forma, os comandos.

Lixa

A lixa para madeira é bastante utilizado em aeromodelismo. É sempre bom ter uma grossa (80) e uma fina (200).

Looping

É uma manobra acrobática. Se faz "cabrando" o "profundor" até o aeromodelo dar uma volta completa sobre seu próprio corpo. Enquanto ele sobe se acelera. Quando ele passa a descer paramos o motor.

Mangueira de silicone

A mangueira de silicone é utilizada para conduzir o combustível no aeromodelo. O silicone, ao contrário do plástico comum, não é atacado pelo combustível.

Manicaca

Diz-se Manicaca a pessoa que não sabe pilotar direito. Manicaca é, também, um modelo de aeromodelo.

Mesa de servo

É a mesa onde os servos são instalados dentro do aeromodelo. Os rádios vem normalmente com uma mesa de material plástico.

Monokote

É um material plástico que se presta para entelar asas e fuselagens. O similar nacional é o aeroplast que é mais barato. O monokote é preso a fuselagem com o calor do ferro de monokote. Depois, é esticado com o calor do soprador.

Montante

O montante é uma peça presa a fuselagem na chamada porta de fogo na qual é preso o motor com o auxílio de quatro parafusos. Os montantes são normalmente feitos em um material duro de plástico. Há alguns feitos em metal. Podem ser feitos também de madeira.

Motor ABC

Anelados são os motores que possuem anéis no pistão. ABC, uma tecnologia mais recente, são os que não utilizam anéis. O motor ABC surgiu da constatação que a parte superior do cilindro dos motores esquenta mais que a parte inferior do cilindro, pois que é ali que se verificam as explosões. Esquentando mais, a parte superior se dilata mais. Assim criaram um motor que quando ele está frio, sua parte superior possui um diâmetro menor dentro de cilindro. Ao esquentar, essa parte se dilata mais que a inferior ficando do mesmo tamanho e impossibilitando (ou dificultando) assim a passagem de combustível para baixo (o que faz com que se dispense a utilização dos anéis, cuja finalidade é justamente essa, impedir que o combustível passe da parte superior do cilindro para a inferior na fresta que existe entre o pistão e a camisa).

Motor embuchado

Se diz, aquele que utiliza buchas. O eixo do virabrequim, na parte anterior do motor, separa-se da carcaça através de um sistema de buchas e não de rolamentos. Essas buchas, há uns tempos atrás, costumavam dar problemas. Hoje praticamente não dão. A vantagem do rolamentado sobre as buchas está em que o rolamentado alcança uma rotação final superior ao embuchado (algo em torno de 20%), em razão de haver menos atrito no eixo do virabrequim.

Nariz

É a parte dianteira da fuselagem. Barcos possuem proa, aeromodelos nariz.

Nervura

As asas estruturais (tradicionais) são feitas de nervuras de balsa, as quais são enteladas por monokote ou aeroplast. Esse tipo de asa costuma ser mais leve do que asas feitas de isopor prensado por uma lâmina de madeira.

OS

é uma marca de motores para modelismo. Excelente marca. Motores muito bem elaborados e com uma tecnologia de mais de uma dezena de anos. São representados no Brasil pela Importadora e Distribuidora Hobby One.

Painel de controle

O painel de controle é um acessório que pode ser instalado na caixa de campo. Tem por fim medir e mostrar a carga das baterias.

Picar

Ao contrário de cabrar, picar e fazer o aeromodelo descer. Para picar empurra-se o stick da direita para frente. Com isso o profundor baixa e o aeromodelo desce.

Ponteira

Na ponta da asa vai a ponteira. Existem ponteiras com um determinado desenho que fazem com que o stoll da ponta da asa seja posterior ao stoll no meio da asa. Isso faz com que a queda do aeromodelo conseqüente ao stoll não seja de lado mas de nariz, facilitando a recuperação do aeromodelo.

Porta ou parede de fogo

A porta de fogo, normalmente de compensado, é o pedaço de madeira dentro da fuselagem no qual se prende o montante do motor. Esse compensado não deve ser inferior a 8 mm e a cola para prender a porta de fogo na fuselagem deve ser a base de epóxi (não utilizar bonder ou cola de madeira) para que não sofra com o combustível que normalmente molha a porta de fogo.

Profundor

O profundor é a peça móvel que vai presa na parte posterior do estabilizador horizontal e tem por fim fazer com que o aeromodelo suba e desça.

Pushrod

Os pushrods são os cabos responsáveis por transmitir o movimento do servo ao leme, ailerons, profundor e acelerador.

Pylon race

É uma modalidade de competição no aeromodelismo. Os aeromodelos pylon são extremamente velozes. Vence o mais rápido.

R/C

Aeromodelo r/c significa aeromodelismo rádio controlado. Aeromodelismo u/c significa aeromodelismo a cabo, o de vôo circular.

Rádio AM

É o rádio que funciona na frequência AM. Próximo de cidades pode dar interferência. Vem sendo abandonada e substituído pela frequência 2.4GHz DSM.

Rádio FM

Rádio que funciona na frequência FM. Era a frequência mais utilizada entes do ano 2000.

Rádio PCM

Rádio que funciona na frequência PCM. De todos é o menos sujeito à interferência. Custa mais caro.

Resina

Muitos aeromodelos são construídos em fiberglass. Para consertá-los em caso de queda utiliza-se tecido e resina que se mistura com catalisador. Esse material é vendido nas casas que vendem fibra de vidro.

Retentor de roda

É uma pequena peça circular por onde entra um parafuso que firma o retentor no trem impedindo que a roda salte fora do trem de pouso.

Retentor de servo

O retentor de servo vai preso ao braço do servo e por dentro dele passa o arame do pushroad, o qual é apertado e preso dentro do retentor por um parafuso. Muitos ainda utilizam link junto aos servos.

Servo

O servo é uma peça que possui em cima uma alavanca que se movimenta obedecendo o comando do transmissor. O servo vai dentro do aeromodelo. São tantos os servos quantos forem os canais do rádio. Cada canal do rádio comanda um servo.

Soprador

O soprador é muito parecido com um secador de cabelo, porém com mais poder de calor. Tem por finalidade esticar o monokote, aeroplast ou vinil por ocasião da entelagem do modelo.

Spinner

O spinner é um cone, normalmente de plástico, que vai na frente da hélice do avião. Não tem apenas função estética. Ele protege o motor no caso de um choque frontal, amortecendo a pancada. Em caso de colisão com uma pessoa, ele também produz esse mesmo efeito. O spiner facilita, também, a colocação do starter nos motores à combustão para fazer o motor pegar.

Starter

É um aparelho elétrico que faz girar um eixo na ponta do qual vai uma borracha que tem por fim sem prensada contra o spiner para fazer o motor girar. É utilizado para dar a partida no motor. Funciona com uma bateria de 12 volts.

Stol

Para que o aeromodelo voe ele precisa estar em uma velocidade mínima em relação ao ar (não ao chão). Se ele diminuir essa velocidade mínima, ele estola, entra em stol, ou seja, perde a sustentação em cai. O stol é aquela a reação (perda da sustentação) do aeromodelo pelo fato de ele ter voado abaixo da velocidade mínima.O piloto experiente sabe quando o aeromodelo está se aproximando da velocidade de stol, o piloto sente que o aeromodelo começa a ficar bamba, a perder o controle, os comandos já não respondem imediatamente. Após o stol o aeromodelo cai e é nessa queda que ira recuperar a velocidade e sair do stol. Se estiver muito perto do chão, quando ocorrer o stoll, poderá não haver espaço suficiente para que ele recupere a velocidade planeio. Treinamento de importância fundamental para quem quer se tornar um piloto com completo domínio do aeromodelo é o vôo em pré-stol. O aeromodelo deve ser pilotado bem lentamente, com velocidade bem pouco superior àquela que o colocará em stol. Quem só voa com muita velocidade não obtém nunca o completo domínio do aeromodelo.

Supertigre

É uma marca italiana de motores para aeromodelismo. São motores de boa qualidade e que não custam muito caros. A marca Supertigre é representada no Brasil pela importadora Aeromodelli.

Tanque

Os tanques de aeromodelismo são de plásticos. Os das marcas tradicionais vão desde 2s onças até 24 onças. Possuem duas saídas onde vão fixadas as mangueiras de silicone. Uma saída é a do combustível. Uma extremidade conecta com o carburador e na outra tem o pescador dentro do tanque. Esse pescador é um pequeno peso que tem por fim pegar o combustível esteja o tanque de lado ou de cabeça para baixo (no vôo de dorso). A outra saída está mais para entrada do que para saída. Uma extremidade conecta com a descarga e outra com o interior do tanque. Esta tem por finalidade levar a compressão que existe na descarga para dentro do tanque. Essa compressão ou pressão lançada no interior do tanque contribui para que o combustível seja lançado dentro do carburador.

Tecido de fibra

Utilizado para construir e consertar em fibra de vidro (Resina de Poliester). É vendido por metro nas lojas especializadas em fiberglass.

Terminal de bateria

Termo mais avançado. É o fio que sai da bateria do receptor e conecta o receptor.

Terminal de servo

É o fio que sai do servo e conecta o receptor.

Thunder Tiger

É uma marca de produtos de aeromodelismo e automodelismo. Kits, acessórios, motores. Representada no Brasil pela Aeromodelli.

Trainer

Diz-se aeromodelo trainer aquele que se presta para o aprendizado. É fundamental que voe lento. São as seguintes as suas característica principais: asa alta, leve, asa assimétrica (reta embaixo).

Trem de pouso

O trem de pouso é o trem central. Pode ser feito em alumínio, aço ou fibra de vidro. Deve possui uma certa flexibilidade com vistas a amortizar choques.

Trem retrátil

Nos rádios 6 canais, o quinto e o sexto canal são destinados aos trem retrátil e aos flaps. O recolhimento do trem, além de dar uma idéia maior de realidade, é de recomendável para os aeromodelos feitos para voar em alta velocidade, pois que diminui o arrasto e dá mais estabilidade ao aeromodelo.

4º Encontro do Clube Linharense de Aeromodelismo

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Neste fim de semana nos dias 06 e 07 pilotos e admiradores do aero vão animar a festa na Fazenda Glória em Pontal do Ipiranga - ES. Os preparativos já estão finalizados. No cronograma estão escalados ninguém mais que "Fábio Borges" tri-campeão brasileiro de acrobacias e e Fabrício Borges do helimodelismo.

Modelos gigantes nas mãos desses especialistas viram verdadeiros brinquedos. A entrada é de graça para o público, somente os modelistas e pilotos precisam se inscrever e pagar a taxa de 45,00/membro. Tudo apoiado pela C.L.A. com duração entre 8h e 17:30h do sabado e domingo.

Quem chegar cedo será convidado a tomar um café da manhã para esquentar a conversa. Bateu até aquele friozinho na barriga - que vontade de já estar lá!